segunda-feira, 28 de junho de 2010

RELAÇÕES FAMILIARES: O TEMPO DOS PAIS, O TEMPO DOS FILHOS


Nas relações familiares existe uma troca de ensinamentos em que os pais se preocupam em ser os provedores, ensinar os valores morais e éticos e participar das atividades de seus filhos.
Por outro lado, embora possuam uma personalidade própria, mesmo com pouca idade, os filhos fazem de seus pais o exemplo para suas vidas.. Parar para brincar e conversar com seus pais é a forma que encontram para melhorar estes relacionamentos.

Com a atenção voltada para o futuro dos filhos, os pais procuram o sucesso profissional. Ganhar o suficiente para proporcionar a melhor moradia, escola, alimentação e lazer, para eles constitui um ideal de vida. No entanto, envolvidos com as exigências do mundo do trabalho, deixam de vivenciar os momentos do dia-a-dia que são importantes para estabelecer um vínculo de amor, amizade e companheirismo, vínculo que construirá por toda a vida o bom relacionamento entre eles.
A vida passa, os pais envelhecem, se aposentam e, ficam com mais tempo livre. Observam seus filhos crescidos e não os reconhecem. Lembram do excesso de trabalho, das viagens de negócios e esquecem dos momentos que brincaram e conversaram.

Quando os filhos abordam seus pais com perguntas, dúvidas ou até mesmo para consertar um brinquedo, eles estão desejando atenção. Somente querem estar com seus pais para contar alguma coisa que aconteceu durante o dia. Não importa o dinheiro, a roupa nova ou aquele passeio legal.
Os filhos crescem, começam a trabalhar, saem de casa para construírem sua própria família. Ficam com o tempo apertado para visitar os pais, ou até mesmo, para conversar ao telefone.

Quando o vínculo criado entre eles ocorre de forma equilibrada, nem os pais, nem os filhos ficam com sentimentos de perda. Os pais sentem orgulho desta nova vida que os filhos escolheram, sem se sentir culpados pelas muitas horas trabalhadas ou as poucas horas de conversas.
Os filhos se espelham nos seus pais para fazer o melhor para seus descendentes, modificando alguns pontos, é claro, pois, eles possuem sua própria maneira de ver a vida.

Não pode existir um sentimento quando não se conhece o outro.
O importante é que pais e filhos continuem convivendo com muito amor e carinho, mesmo que no final haja a inversão dos papéis: os filhos adultos cuidando dos seus pais idosos, relembrando os momentos vividos e ensinando-lhes coisas novas aprendidas.


Rosangela de Mattos

Um comentário:

Iris Scarabucci disse...

Regina,
Amei a reportagem.Bastante rica,real, e realmente retrata o mundo em que vivemos.
Parabéns Rosangela.
Beijos .
Euzinha kkkkk