

1ª foto Leni, Elma, Cleide, Mª Célia, Regina e Lúcia
2ª foto Darisa, ..., Paulo e Regina


3ª foto Mª Celia, Regina, Terezinha, Monica e Elma
4ª foto ..., Regina, Lúcia, Cleide e Moacir
Dia 10 de outubro de 2003: Diagnosticada minha depressão.
Síndrome do Pânico; Palpitações; Medos; Taquicardia; Sensação de desmaio e Muitas dores na coluna. Tensa, toda rígida. Início do tratamento.
Desde 1994 já tinha alguns sintomas leves. Nem Imaginava que o Inglês estava se aproximando de mim. Como eu fazia Fisioterapia e nos anos subseqüentes, RPG e depois Pilates, os sintomas eram muito sutis.
Em maio de 2004, minhas dificuldades estavam ficando aparentes. Eu não conseguia calçar uma sandália de dedo deslizando o pé, as crises de coluna estavam freqüentes, os engasgos até com o ar aconteciam e as pessoas começaram a me chamar atenção: Iris, você está mancando, seu braço está dobrando. Cheguei no Rio de Janeiro e minha cunhada percebeu o meu braço e me alertou para o fato dele estar ficando dobrado. Mas minha filha e uma irmã já tinham me chamado à atenção sobre isso. Tratavam da minha coluna e eu vivia nas fisioterapias. Realmente eu sentia muitas dores na coluna
Dia D.
2006-Ano Fatídico e Inesquecível Diagnóstico - PARKINSON
Bem, no decorrer do ano de 2006, eu não agüentava mais remédios e dores na coluna. Faltava ao serviço. Era uma situação delicada. Dava entrada 2 vezes por semana em prontos socorros para amenizar as crises de coluna.
Resolvi procurar um ortopedista que eu não ia há tempos, mas que era meu médico, e quando lá cheguei relatei minhas entradas em pronto socorro, que eu não agüentava mais as hérnias de disco, que tinha tremores, rouquidão etc. Ele me ouviu com carinho e atenção. No exame clínico os meus reflexos estavam exacerbados. Eu era o retrato do enrijecimento, “toda dura”. Percebia que meu rosto não tinha muita expressão. Não entendia o que era. Aí, veio o veredicto: Investigue amanhã Parkinson. Eu quero você de licença médica para investigação urgente. No dia seguinte estava no neurocirurgião, um grande amigo, que foi maravilhoso comigo.
Relatei-lhe o que eu sentia e a indicação do ortopedista. Após os exames clínicos, solicitou os exames de praxe e veio o diagnóstico: PARKINSON. Saí dali meio perplexa, atônita e robotizada. Eu era o reflexo da ignorância do Parkinson, não imaginava o que eu teria que modificar em minha vida. Meu caso é do lado direito, perna e braço.
Bem, tudo tem lados bons e ruins. A coisa boa é que me redescobri como mulher, passei a me cuidar mais. E passei a me ENXERGAR. Até então, eu vivia colocando todos e tudo em primeiro lugar. Eu não me via mais, não me enxergava, entende? Eu sou avó de primeira viagem, e minha neta de 3 anos é uma das razões da minha vida e um dos meus amores. Tenho 3 filhos sendo um com sete aninhos. Foi quando me bateu a insegurança: Será que vou viver pra ver meu filho e minha neta criados?
A VIRADA
Não parei para chorar, apesar do medo que sentia. Vesti minha pele de leoa e parti para a briga. Era ele ou eu. E eu decidi que iria mandar esse inglês para o inferno. Afinal, nunca me submeti ao jugo de ninguém.
Esqueci de mencionar que, além do PK, sou hipertensa e tenho um início de diabetes.
Dei início ao tratamento: doses cavalares de medicamentos para as doenças já citadas, e outros para as que acompanham o PK: depressão e o que todos conhecem, além, é claro, da reposição hormonal. Pensam que parou por aí? Fonoaudióloga, hidroginástica, alongamentos (em casa), caminhadas, exercícios para o equilíbrio. Levo sempre uma bolinha na bolsa e, onde quer que eu esteja, pego minha bola sem nenhuma vergonha e me exercito. Eu que sei de meus problemas e não posso me dar ao luxo de me preocupar com o que os outros estão pensando da louca com sua bolinha.
Não escondo de ninguém que tenho Parkinson. Normalmente, as pessoas não acreditam, pois esses tratamentos todos estão dando bons resultados: MEU EQUILÍBRIO MELHOROU, MINHA EXPRESSÃO FACIAL SUAVIZOU-SE (sou disciplinada e faço os exercícios em casa, vendo TV, no computador, onde der), AS DORES MELHORARAM, enfim, sou uma pessoa completamente normal.
Devo destacar que, desde o início, conto com a ajuda e dedicação de meu marido e filhos.
Outra coisa importante: voltei a curtir coisas que eu amo e tinha até esquecido: ouvir música, tocar violão, praia (tenho ido pouco, devido ao tempo).
RESUMO DA ÓPERA: QUEM QUISER DAR UMA RASTEIRA NO INGLÊS TEM QUE SER BEM BRASILEIRO, TEM QUE SE MEXER, NÃO PODE FICAR PARADO. TEM QUE SAIR DA TOCA, PASSEAR, ENFIM, TEM QUE VOLTAR A VIVER O MAIS PLENAMENTE POSSÍVEL.
Se não fizermos nada e só ficarmos nos lamentando, ele irá nos vencer. Temos que ficar bem e prontos, pois as pesquisas estão avançando e quanto melhor estivermos no momento da descoberta da cura, mais chances teremos.
ENTÃO, É O SEGUINTE:
O INGLÊS É PREGUIÇOSO, NÃO GOSTA DE MOVIMENTO. VAMOS CONTRARIÁ-LO: MEXA-SE. O TEMPO TODO. NÃO PARE. TUDO NO SEU TEMPO (NÃO VÁ QUERER DISPUTAR UMA MARATONA). E, PRINCIPALMENTE, VAMOS DAR VIVAS À VIDA, POIS ELA É BELA E ÚNICA E CADA UM DE NÓS DEVE VIVÊ-LA INTENSAMENTE.