Oitenta vezes por segundo
Bate as asas um beija-flor
Assim se consegue suspenso
Quase paralisado no ar
Tremendo diante da flor.
Quem me dera, quem me dera,
Que o que acontece comigo
Viesse da natureza tão bela!
Às vezes, no corpo sinto um tremor
E, igual àquela ave colorida,
Também fico quieta,
Paralisada
Tremendo...
Quem me dera sugando o néctar,
Diante da flor da vida.
Eu sou parkinsoniana
Mas não me dou por vencida
Sonho que deus me fez beija-flor
E me disfarçou de diva.
Quem me dera, quem me dera!
Poesia de autoria de Diva da Penha Rangel de Andrade,
Do Grupádua - RJ
Um comentário:
Olá,
Diva, sua sensibilidade é fundamental para captar o sentido de que a vida deve ser enfrentada e vencida. Com a mesma alegria dos beija-flores, sustentados no ar pelo tremor das asas, podemos vivenciar o prazer de buscar o néctar da vida.Que o tremor possa ser um elo que nos irmana e nos humaniza cada vez mais.
Silvia Simões - Piracicaba (comentário enviado por e-mail)
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