sábado, 1 de novembro de 2008

Depoimento da Elma


Um pouco da história de Elma - Mossoró - RN

Ano de 1996, tinha 44 anos de idade, estava fazendo uma especialização em Planejamento Educacional, quando começou a aparecer um tremor no dedo indicador; um cansaço quando precisava escrever um pouco mais, as letras começavam a sair tremidas e ia diminuindo de tamanho.
Fui fazer um curso de computação, não conseguia coordenar o mouse com o braço direito, fiquei preocupada procurei vários neurologistas aqui em Mossoró, o qual me medicou com 2 tranqüilizantes de tarja preta; percebi que não era isso que eu estava precisando, então suspendi a medicação por conta própria e procurei outro médico, fiz eletro encefalograma, 3 tomografias , também não chegaram a um consenso.
Viajamos para o Rio Branco - Acre, as minhas limitações cada dia iam se acentuando, sem que houvesse um diagnóstico, assistindo a um programa de tv, sobre coluna cervical imaginei que fosse o meu problema, pois estava toda travada, não conseguia nem dobrar uma toalha, não abotoava o soutien como de costume, procurei uma reumatologista a qual me pediu um raio x da coluna cervical, passou pra eu fazer fisioterapia dos braços, mesmo assim não obtinha o resultado desejado; foi ai que ela me indicou uma neurologista a Dra. Denise, em 1998, me fez o diagnóstico clinico chamando de Síndrome Parkinsoniana.
Dai em diante comecei a tomar Niar, Prolopa 125 mg. Atualmente tomo Levodopa + carbidopa de 250/25 mg, 1 comp. 3 x ao dia, e o sifrol de 0,25 mg 3 x ao dia.
Tento enfrentar o atual marido (pk) como sendo uma de minhas limitações, e não como doença, haja visto que vou ter que viver com ele até morrer, sem que ele me domine e não me deixe resolver o que sempre resolvi.
Meu marido Marlúcio, muito tem me dado apoio, apesar de que as vezes ele quer me super proteger, o qual entendo mas não compreendo muito, já a minha filha Yochabel, como é enfermeira me tem dado o apoio que mais necessito, o meu filho Jeú Marilúcio também tenta encarar com naturalidade. O resto dos meus familiares também tem me dado muita força me apoiando em tudo quanto quero realizar, estão prontos a me apoiarem, isto tem me dado muita força e me ajudado a enfrentar a vida com mais naturalidade.

Assim vou enfrentando a minha realidade atual!!!! Até o dia que Deus quiser!!!!

Um comentário:

Renato Coutinho disse...

Elma,

li seu depoimento
vi que sua historia
também se parece
a minha trajetória

três anos com inglês
tratado muito mal
vários neurologistas
que se diz profissional

ate que certo dia
estava ate cansado
cai em um consultório
de um abençoado

o resto da historia
é fácil de saber
nossa luta do dia
ainda vamos vencer

Elma não se aborreça
Com super proteção
Pois tenha certeza
Ela é feita de coração

Por isso para o Marlúcio
O Jeú e a sua Yochabel
Mando meus parabéns
Através deste cordel

Permita-me discordar
Disse, e eu pude ler
Vai viver com “ele”
Ate quando morrer

Relembro meu verso
Que eu pude publicar
Mensagem de esperança
No blog do Edgar

Progressiva, assustadora
Irreversível e sem cura
Agarro-me a esperança
que está quase madura

uma vem do homem
ainda vai demorar
Pesquisa da célula tronco
Um dia vai chegar

A outra depende da fé
alguns temem acreditar
pois a vontade de Deus
o Parkinson pode curar

Por isto querida Elma
Não pare de lutar
Mantenha a esperança
Nosso dia vai chegar